Zurique, Suíça, 30 de outubro de 2007. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, anuncia oficialmente que a Copa do Mundo de 2014 será no Brasil. A delegação brasileira, liderada pelo presidente Lula da Silva e pelo dirigente da CBF, Ricardo Teixeira, aplaude demoradamente. O governador Blairo Maggi é um dos representantes do País, juntamente com colegas governadores, o técnico da Seleção, Dunga e o ex-artilheiro Romário.
A presença de Maggi e de seus colegas Ana Júlia Carepa (PA), José Serra (SP), Aécio Neves (MG), Alcides Rodrigues (GO), José Roberto Arruda (DF), Sérgio Cabral (RJ) e de outros estados, em Zurique, naquele momento, significava o aval político das unidades federadas aos presidentes Lula e Ricardo Teixeira, e aos ministros de Estado pela realização da Copa do Mundo no país.
O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, não foi a Zurique. Até aquele momento o evento chamado Copa do Mundo não despertava interesse em Campo Grande, e somente passou a chamar atenção das autoridades sul-mato-grossenses e campo-grandenses quando o ministro dos Esportes, Orlando Silva, disse que uma das subsedes da Copa seria destinada a uma cidade do Pantanal.
Maggi se posicionou favorável à Copa no Brasil desde o primeiro momento. Além da viagem a Zurique, manteve vários encontros de trabalho com Ricardo Teixeira, inclusive em Cuiabá. Bem antes da decisão política pela Copa do Pantanal o governo de Mato Grosso estava mobilizado pelo evento.
No ano passado, Maggi determinou a destinação do Fundo de Desenvolvimento Estrutural e Social de Mato Grosso (Fundesmat) para a realização da Copa em Cuiabá, mais especificamente ainda: para construir um novo estádio de futebol.
A determinação do governador teve efeito retroativo ao ano passado, quando a receita do Fundesmat girou em torno de R$ 80 milhões, e se estenderá ao final de 2012.
No período de cinco anos a estimativa é de que o Fundesmat arrecade R$ 400 milhões, montante suficiente para a construção de novo estádio na cidade. A receita do fundo é oriunda de juros com a aplicação dos recursos da Fonte 100 Estado, aplicado no Banco do Brasil.
“Nós estamos atendendo todas as exigências da Fifa e CBF, e o povo faz a parte dele”, comentou Maggi, em tom otimista. O governador admite que serão necessárias obras estruturantes em Cuiabá para a cidade se adequar às exigências para o Mundial. Porém, observa que todas as cidades também precisarão de investimentos. “Temos prazo para isso, e além do mais contaremos com o PAC da Copa, exatamente para a realização de obras públicas”, acrescenta.
A realização da Copa em Cuiabá seria fator de desenvolvimento. Esse é o entendimento de Maggi. O governador avalia que a divulgação da cidade e do Estado abrirá um importante canal para o ecoturismo, gerando emprego e renda na Capital e região. “Copa em cidade praiana não é novidade. Copa em grandes metrópoles, também não. Novidade é Copa no Pantanal, como essa que esperamos promover”, arrematou.